terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Dilemas da Amélia Moderna
Já dizia minha amada mãe, cabeça vazia, oficina do diabo!
Queria realmente entender quê que a mulher que foi percussora do movimento feminista tinha na cabeça! Só podia ser falta do que fazer, ela não devia ter uma casa pra administrar, um marido pra amar, e umas três amigas com quem tomar um chá à tarde!
Eu, Amélia moderna me revolto com isso, porque nasci após essa revolucionária (maldita) conseguir o que ELA desejava.
Meninas, fala sério! A vida da mulher era muito boa, tranqüila, não precisava trabalhar, vivia para estudar piano, ler e freqüentar cafés requintados.
Eu viveria muito mais feliz antigamente, hoje nós mulheres somos impulsionadas a um mercado de trabalho cruel, onde por mais qualificadas que sejamos os homens ganham mais, somo obrigadas a votar, que é um saco sair no domingo, enfrentar uma fila cheia pra exercer nosso “patriotismo” (grandes coisas hein?!), temos que obedecer a padrões de belezas inalcançáveis, arrumar um bom marido, (trabalho que era dos nossos pais antigamente), temos que criar filhos com pouco tempo para educá-los como se deve, e tudo isso sendo linda, amável e educada!
Conseguir conciliar tudo isso é um tormento!
Eu viveria tranquilamente cuidando do meu marido, estudando música, paisagismo e arte, sem filhos, porque apesar de arcaica em alguns sentidos, não sou obrigada a menstruar, muito menos a procriar, a medicina trabalhando a favor óbvio!
“Você só pensa em luxo e riqueza
Ai meu Deus que saudade da Amélia
Aquilo sim é que era mulher!”
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